Inventaram a dor e depois a cura
A faca que fere e a costura segura
Criaram o veneno e a água da vida
Mas quem a bebe nunca é quem precisa
Prometem um céu de luz infinita
Enquanto acendem o fogo da desdita
E eu, cínico, finjo que acredito
No jogo jogado e no falso mito
Eles pintam o medo na máscara do riso
Vendendo o que falta num mundo indeciso
O gás sufoca, a máscara protege
Mas quem ganha é sempre quem rege
Prometem um céu de luz infinita
Enquanto acendem o fogo da desdita
E eu, cínico, finjo que acredito
No jogo jogado e no falso mito
Os palcos são grandes, mas ninguém atua
Só ecoam mentiras sob a luz da lua
O inferno é o preço, o céu é o lucro
E eu assisto ao teatro, com o cinismo no vulto
Prometem um céu de luz infinita
Enquanto acendem o fogo da desdita
E eu, cínico, finjo que acredito
No jogo jogado e no falso mito
Na ironia da trama, sou espectador
Aplaudindo o cinismo que faz doer
E eu, cínico, finjo que acredito
Num mundo onde tudo é conflito
Os palcos são grandes, mas ninguém atua
Só ecoam mentiras sob a luz da lua
O inferno é o preço, o céu é o lucro
E eu, cínico, finjo que acredito
No jogo jogado e no falso mito
Prometem um céu de luz infinita
Enquanto acendem o fogo da desdita
E eu, cínico, finjo que acredito
Num mundo onde tudo é conflito
Prometem um céu de luz infinita
Enquanto acendem o fogo da desdita
E eu, cínico, finjo que acredito
No jogo jogado e no falso mito
Prá ironia da trama, sou espectador
Aplaudindo o cinismo que faz doer
E eu, cínico, finjo que acredito
Num mundo onde tudo é conflito
Prometem um céu de luz infinita
Enquanto acendem o fogo da desdita
E eu, cínico, finjo que acredito