Na imensidão do sertão, o chão ressoa,
Os pés descalços sentem a força que ecoa.
O tempo é lento, mas nunca se atrasa,
A vida é simples, mas a alma se abraça.
Refrão:
Morar na roça é voltar ao começo,
Ouvir o vento sussurrar um endereço.
Entre as estrelas e a lua que dança,
Há uma verdade que acende a esperança.
No canto do galo, o sol vem surgindo,
E a natureza me guia, me sinto indo.
Os rios falam, as folhas cantam,
E os sonhos antigos no peito se levantam.
Refrão:
Morar na roça é voltar ao começo,
Ouvir o vento sussurrar um endereço.
Entre as estrelas e a lua que dança,
Há uma verdade que acende a esperança.
Os dias de chuva, os trovões do além,
São vozes do mundo, do que a gente contém.
A roça é um livro escrito no chão,
Onde cada grão plantado é uma oração.
Ponte:
Oh, Pai do Céu, me ensine a viver,
Com as mãos na terra, o que posso colher?
Não há cidade que me faça esquecer,
O aroma da roça, meu eterno querer.
Refrão (Final):
Morar na roça é voltar ao começo,
Ouvir o vento sussurrar um endereço.
Entre as estrelas e a lua que dança,
Há uma verdade que acende a esperança.